O podcast

O 45 Graus é um espaço para saber mais e pensar criticamente. A cada episódio, José Maria Pimentel recebe, para uma conversa descontraída, um convidado que é especialista — ou alguém que tem ideias que vale a pena ouvir — sobre temas que vão da ciência à política, economia, filosofia, sociedade e muito mais.

O objectivo de cada conversa é ficar a saber mais, desenvolver o pensamento crítico e, quem sabe, encontrar intersecções entre diferentes áreas de que não estávamos à espera (é precisamente essa busca por intersecções entre diferentes temas — “a 45 Graus”, como o ângulo — que dá, metaforicamente, nome ao podcast). Aqui, não existem assuntos à partida desinteressantes, mas evito, salvo raras excepções, discutir a espuma dos dias, de modo a que cada episódio se mantenha relevante por muito tempo.

Ao longo dos últimos anos, o 45 Graus tem recebido diversos prémios e tem estado consistentemente no top de podcasts nacionais; e isto apesar — ou se calhar precisamente por causa de ser um podcast que desafia os ouvintes. Desafia-os sobretudo por dois motivos: por serem episódios longos e por serem conversas mais profundas e densas do que é normal em muitos podcasts.

A opção pelo formato long-form resulta de uma ideia simples: a maioria das nossas melhores conversas — as conversas que nos marcaram, fizeram ter novas ideias ou olhar para algo de forma diferente — duraram mais do que os 45m ou 1h típicos dos programas de rádio. E isto não acontece por acaso. Acontece porque as nossas conversas tornam-se progressivamente mais interessantes com o passar dos minutos; à medida que vamos ganhando entrosamento e intimidade com o nosso interlocutor, nos vamos abrindo os dois e começando a pensar em conjunto.

Ora, ao contrário da rádio, onde existem normalmente restrições rígidas a este nível, um podcast pode durar o tempo que quisermos. Permite, por isso, tirar partido desta tendência natural para, sem a pressão do cronómetro, obter uma troca de ideias mais profunda (longe da superficialidade de muitos meios tradicionais), mais criativa e mais aberta (talvez o mais importante de tudo, sobretudo em temas onde existem divergências naturais de opinião, como na política).

Os episódios do 45 Graus são também mais profundos e densos do que os da maioria dos podcasts. De novo, não é um acaso. É que embora o ambiente seja sempre descontraído, o objectivo não é simplesmente ter uma conversa de café — é compreender verdadeiramente o tema em causa.

Isto é exigente, desde logo, para o anfitrião — porque obriga a preparar bem cada conversa — mas é-o também, de certa forma, para os ouvintes, porque são episódios que exigem estar atento e em que por vezes acontece sentirmo-nos momentaneamente ‘fora de pé’ (sobretudo em temas mais técnicos).

Mas é esta mesma profundidade que permite ir além dos conteúdos mais superficiais sobre os mesmos temas, que podem encontrar facilmente por todo o lado, desde a televisão a outros meios online. Do meu lado, o meu compromisso é que, se tiverem curiosidade pelo assunto e estiverem dispostos a entrar no espírito, no final vai valer a pena e vão ficar a saber verdadeiramente mais sobre aquele tema.

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Contacto: 45graus.jmp@gmail.com

Ficha Técnica:

Marketing, comunicação e redes sociais: Diana Gui

Edição de som: Hugo Oliveira; capa: Constança Soromenho; música inicial: For Halloween, by Music_idea

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O 45 Graus agora em livro: uma reflexão sobre a política contemporânea

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